Animal chegou à clínica com dor ao pisar, membro posterior direito recolhido, severa claudicação. Tem histórico de saltador. Ao exame clínico, foram constatados movimentos de gaveta na articulação do joelho direito, com conclusão diagnóstica de ruptura do ligamento cruzado craneal.
Preparamos o mesmo para a reconstrução cirúrgica(foto 1). Após os procedimentos clássicos de anti-sepsia e assepsia(foto 2) procedeu-se à uma incisão começando no terço médio do fêmur, até o terço médio da tíbia (foto 3) obedecendo aos planos anatômicos. Visualiza-se a fáscia do M. tensor da fáscia lata . No terço médio superior da fáscia, fez-se a incisão perpendiculamente à uma extensão de mais ou menos 1cm, igualmente duas incisões contralaterais até a altura da crista da tíbia no sentido de retirar uma fita da fáscia concomitantemente. Abriu-se a articulação incisando o retináculo a um 1cm do tendão patelar(fotos 4,5 e 6). Em seguida, visualiza-se o ligamento rompido, e procede-se à limpeza com retirada dos restos do ligamento(fotos 7 e 8) com uma broca de 3mm”. Apontou-se para o local de origem do ligamento na parte interna do côndilo femural e furou-se até a broca vazar lateralmente(foto 9). Seguidamente, com a mesma broca, furou-se no mesmo ponto de inserção do ligamento na mesa tibial, até a broca vazar medialmente com leve inclinação à crista da tíbia no terço superior (foto10).Um(1)cm abaixo deste furo, fez-se outro levemente inclinado no sentido médio lateral, após ter rebatido o músculo tibial craneal. Em seguida, introduziu-se um fio de aço 2.0 dobrado, no orifício do interior da articulação para fora. Colocou-se a extremidade do ligamento dentro do fio de aço e puxou-se levemente até este sair dentro da articulação(fotos 11, 12 e 13). O mesmo procedimento foi feito no orifício tibial. Em seguida, passou-se o ligamento no segundo orifício de maneira que ele saísse por dentro da inserção do M. tibial craneal(foto 14). Com o membro em extensão, esticou-se levemente o novo ligamento e inseriu-se na parte craneal interna da crista da tíbia(foto 15).
Fixou-se com fios absorvíveis de alta resistência (poliglicolactona), vicril, na extremidade interna da crista da tíbia, de maneira que o músculo tibial craneal passasse por cima e cobrisse com sua aponeurose (fotos 16 e 17). Procedeu-se então à cápsulo-rafia obedecendo aos planos anatômicos(foto 18) quando do fechamento do último plano. Deu-se continuidade na membrana do M. tensor da fáscia lata(fotos 19, 20 e 21). Em seguida fechou-se o celular subcutâneo e pele.
Médico Veterinário Cirurgião Geral e Ortopedista
Diretor do HVN Nitéroi
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