Orquiectomia – 02

No passado, todas as castrações dos machos caninos, implicava a abertura da bolsa escrotal. Isso causava grandes transtornos ao animal, tendo em vista o grande trauma causado, assim como a demora na cicatrização e os inconvenientes de uma miíase(bicheira) no local da cirurgia nos animais de casas e sítio. Esta técnica, constitui uma verdadeira revolução nas orquiectomias sem estes inconvenientes, embora nem todo os profissionais estejam familiarizados com ela, necessitando de adestramento para sua realização. A seguir descreveremos a técnica e sua seqüência: o animal é pré anestesiado, tricotomizado com lâmina nº 40 na região pélvica, peniana e próximo ao escroto sem entretanto passar a lâmina sore este. Sob anestesia a critério de cada colega, e após os procedimentos clássicos de antisepsia e assepsia(foto 1 e 2) , isolado por pano de campo fenestrado, faz-se incisão sobre a linha divisória do prepúcio (rafe peniana)visível sobre o pênis a mais ou menos 3 a 4 cm do testículo(foto 3), após divulsão até encontrar o plexo pampiniforme, faz-se leve pressão nos testículos de trás para frente, até o volume dos testículos aparecerem. Uma incisão é realizada sobre cada testículo, que pressionado com os dedos, e incisado, sobre sua bolsa interna, escapará para fora, sendo retirado com uma pinça(foto 3 e 4). Em seguida, amarra-se o plexo em dois pontos cortando-o, a seguir.(foto 5,6, e 7). Em seguida usando fio absorvível, vicril 3.0 sutura-se a bolsa interna e aproximam-se as camadas internas e celular subcutâneo, aproximando a pele com pontos intradérmicos(fotos 8,9,10, 11) ou se preferir pontos de pele com nylon 3.0 Cobertura com antibióticos por 6 dias, analgésicos e antiinflamatórios por 3 e o resultado será excelente.

Dr.Pedro Caldas
Médico Veterinário Cirurgião Geral e Ortopedista
Diretor do HVN Nitéroi
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